O Ministério da Economia detalhou a proposta de alteração da Constituição (PEC) da Precatória, que são os valores que a União deve às pessoas físicas e jurídicas após decisão definitiva em juízo, que passa pelo Congresso Nacional
Entenda o que são precatórios
Quem tem direito a receber?
Pessoas que entraram com ação contra o poder público e finalmente venceram o processo, ou seja, após esgotar todos os recursos do judiciário, o que é conhecido como Trânsito no Juiz.
O que significa precatório?
Vencida a ação contra o Poder Público, o titular do direito amparado na ação passa a ser titular do título denominado Precatório.
O Precatório nada mais é do que o reconhecimento judicial de uma dívida do órgão público para com o autor, seja ele pessoa física ou jurídica. Os precatórios podem ser nutricionais – se surgirem de disputas judiciais relacionadas a salários, pensões, aposentadoria e indenização por morte ou invalidez – ou não alimentares – se resultarem de atos de outros tipos, como os relacionados a expropriações e impostos .
Objetivo da PEC dos precatórios
Um dos objetivos da PEC apresentada é alinhar os gastos das decisões judiciais que se tornaram relevantes no orçamento ao teto de gastos, como foi o caso da reforma previdenciária.
Isso porque o orçamento de R$ 30,4 bilhões previsto no teto de gastos para 2022. O orçamento que projetamos de R$ 30 bilhões foi basicamente consumido por esse crescimento inesperadamente elevado de decisões judiciais, explica Bruno Funchal, secretário do Ministério da Fazenda Nacional.
Com as novas regras apresentadas pela PEC, o Ministério da Economia pretende manter o teto de gastos com economia de R$ 33,5 bilhões em 2022.
Medidas de parcelamento de Divida Judicial
Proposto pelo governo o texto prevê a atualização do sistema permanente de parcelamento de ordens judiciais. Já existe uma regra de parcelamento na constituição federal, que estabelece que é possível parcelar o Precatório se ele corresponder a 15% do volume total. No entanto, como o volume cresceu nos últimos anos, a regra tornou-se inofensiva.
A proposta prevê mandados no valor de R$ 66 milhões a serem pagos em 10 parcelas, sendo 15% à vista e as outras nove parceladas. Uma vez implementada, essa regra seria permanente. As demais liminares podem ser parceladas até 2029 se a soma dos valores a pagar ultrapassar 2,6% do lucro líquido corrente da União. As novas leis trariam a poupança de R$ 33,5 bilhões em 2022.
Entenda a Ementa
Advogado explica que proposta é Parcelamento de Valores Acima de R$ 450.000 em até 10x; Artigo tenta abrir espaço no orçamento para ajuda ao Brasil
A proposta de alteração da Constituição (PEC) dos precatórios, que o presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Congresso Nacional nesta segunda-feira, pode permitir o parcelamento de dívidas do governo federal a partir do próximo ano. As decisões judiciais são valores que o governo federal deve a pessoas físicas e jurídicas após uma decisão judicial final.
Para o procurador da Fazenda Cláudio Pimentel isso seria um fracasso. O que o governo pretende é que valores acima de R$ 450 mil sejam parcelados em até 10 vezes e isso realmente significa uma inadimplência muito grande para a população, nas empresas que entraram com a ação os processos demoraram e ainda são 10. os valores levam anos para serem recebidos.
O Impacta em Dívidas Menores
O advogado também disse que o governo deve tentar encontrar formas de agilizar esses pagamentos. Uma das opções discutidas é que com essas decisões judiciais o governo abriria a possibilidade de pagar impostos e abriria a possibilidade dessas decisões judiciais em mercados paralelos.
São empresas que compram ordens judiciais e oferecem pagamento de impostos a pessoas físicas, disse Cláudio Pimentel.
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